MARIA!
A tecnologia pode ser usada para o bem e para o mal.
Conhecer alguém por aplicativos é sempre um tiro no escuro.
Mãos trêmulas e sem a certeza de que seria o melhor caminho a seguir, toquei na tela do meu celular. Quem não fica inseguro em qualquer primeira vez?
Não acredito em coincidências, por isso mesmo Maria tornou-se especial.
Complemento de Ana, Maria, nome da minha mãe.
Torcedora dos filhos em qualquer aventura em que se arrisquem entrar. Apoiadora, orientadora...mãe!
Maria mais famosa entre todas, nossa mãe maior, mãe de Jesus. Que também abençoa seus filhos, independentemente da encrenca em que se metam.
Ora, se tenho a benção de duas Marias, o que pode dar errado?
Atitude! Se algo não anda bem em nossas vidas, ações rápidas se fazem necessárias para corrigirmos a rota da felicidade.
Conversa vai, conversa vem e chegou a hora de deixar Maria em sua casa.
Em frente ao portão de sua residência na Rua Sócrates (zona Sul de São Paulo), me bateu a depressão.
Afinal, foi ali que vivi os melhores dias da minha vida, como contato publicitário. Era daquela região, 13 anos antes que eu voltava pra casa feliz da vida com vários contratos fechados para a edição da revista, no mês seguinte.
Sem nostalgia!
Não era momento para isso!
Eu estava com Maria, não podia fraquejar.
Agradecida! Ela disse que gostaria de estar comigo novamente.
- Quem sabe? Esse mundo dá tantas voltas... – eu disse a ela.
No meu íntimo, sabia que as chances seriam mínimas.
Não é possível criar vínculos.
Neste aplicativo, literalmente, a fila anda.
Tão logo ela deixou o carro, percebi que me sentia bem!
Sensação de ter feito bem, aquilo a que me propus.
Segundo alguns amigos, com este aplicativo, nunca pegaram tanta mulher na vida.
É verdade!
Tinder?
Não, UBER.
Até a próxima viagem!