AS CARONAS DO "SEU MÁRIO"

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AS CARONAS DO "SEU" MÁRIO

 

Uma vaca mugindo, um balde d´água jogado contra cama e uma voz caipira que dizia: “Vamo levantá, joga água no gordo”....

Era assim que acordávamos em casa.

De dentro do rádio relógio Philco, Zé Bétio.

 

Como ser feliz, acordando desta forma, 6 e pouco da manhã num frio de lascar pra ir à escola???

Mas eu ia assim mesmo.

Me lembro das caronas do “Seu Mário”, pai do Celso.

 

Além do Celso, eu, o Piquy e o Douglas seguíamos para o João Ramalho.

Todos de aventalzinho branco, parecendo mini cientistas, a bordo de um bem cuidado Chevette.

 

Cuidadoso, o relojoeiro seu Mário sinalizava toda conversão que fazia. O tic tac da seta do Chevette era o mais gostoso entre todos os carros da época.

Eu quase dormia naquele tic-tac.

Era relaxante!

 

Anos mais tarde, quando tirei minha habilitação, também num carro de mesmo modelo, adivinhem de quem me lembrei?

O tic tac da seta, passou a ser secundário. Mais bonito e prudente era o gesto dele em se preocupar com o próximo.

De vez em quando eu volto ao passado, só pelo fato de dar seta para sinalizar uma manobra.

 

Poderia se dizer que hoje sou prudente no trânsito, em parte, graças ao seu Mário?

Freud explica e eu acredito nele:

Estou certo que sim!

 

 



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